quinta-feira, 14 de junho de 2012

CUTUCADA DO MAL, NO OLHO DAS MINORIAS...



Sééééééculos depois, resolvi dar o ar das graças para um desabafo. Porque ignorância me tira o sono, e eu não sosseguei enquanto não verborragiei verbalizei a feita... 


Eu andando no Shopping Metrô Santa Cruz, passo por um casal de gays (meninos), que caminhavam de mão dadas, apenas. À minha frente, caminhava uma mulher, com um menino de aproximadamente 7 anos ao seu lado - possivelmente seu filho. Ela também passa pelo casal de gays. O menino que estava com a mulher sequer percebeu qualquer coisa, mas a mãe, assim que o casal se afastou, cutuca o menino de forma grosseira, o incitando a olhar pra trás, dizendo, com um olhar que misturava ódio e nojo: "Olha, fulano, os 'viado' (sic)"...

1) Se eu andar de mãos dadas com minha filha, minha irmã ou minha prima, ou se meu pai demonstrar carinho em público pelos meus irmãos, para essa mulher (e possivelmente péssima mãe) eu seria uma "sapatão nojenta", e meu pai, um "véio viado pedófilo asqueroso".

2) Sendo gays os meninos, a criança sequer notou a presença deles. Ou se notou, foi algo que não fez a menor diferença, naquele momento, no mundinho dele. Mas a mãe, ah, a mãe... fez questão de cutucar, apontar, blasfemar, cuspir no chão. 

É a sociedade apontando o dedo na cara das minorias, esfregando na cara de nossas crianças algo que sua geração já não está fazendo questão de notar mais... mas sempre tem alguém pra lembrar. Pra apontar. Pra cuspir. Pra dizer na cara dos nossos filhos: "Olha os 'viado' "... 

Ninguém é obrigado a virar gay, gostar de gay, levar um gay pra dentro de casa, bajular um gay... Mas entenda, vc SERÁ OBRIGADO a trabalhar com um gay, a ver um gay na rua, a ser ajudado por um gay numa loja, a ter o seu notebook configurado por um gay, a ter um professor gay, a ter um vizinho gay, a ter um colega de trabalho gay, um médico gay, a ter um bombeiro salvando sua vida - gay. A cruzar com um gay na rua. Montes deles. Não porque vc queira, mas porque essa é a realidade. Assim como "fomos obrigados" (por favor, neste momento, entendam minha IRONIA das aspas) a aceitar a convivência com negros, hispânicos, e gente de todo o tipo e lugar, porque o mundo mudou, a sociedade mudou, tudo mudou... Se vc não gosta, simplesmente RESPEITE. Vc não precisa engolir. RESPEITE. Ou no mínimo finja que não existem. Mas um alerta: enquanto vc estiver fingindo que eles não existem, quando menos esperar, um GAY, um VIADO, um BICHA, um BAITOLA, um FRUTINHA, estará gentilmente e educadamente te cutucando, avisando que o sinal abriu, evitando o seu atropelamento por um carro vindo a todo vapor. Porque a vida, meus queridões, é muito irônica, e preconceito (de qualquer espécie) é o mecanismo idiota que mais ATRASA qualquer intenção de EVOLUÇÃO que esse mundico em que vivemos possa ter.

Nem preciso dizer que essa mulher voltou pra casa com a orelha doendo. Preciso? Mas não briguem comigo, não saí do salto. Educação gera educação. E gentileza gera gentileza. Mas mães ignorantes e sociedade burra, geram penitenciárias lotadas e corpos nas valas.

#prontofaleieassinosemmedo

terça-feira, 13 de setembro de 2011

"SAILING"... (PORQUE TALENTO NÃO SE COMPRA)

Bão... pelo menos uma vez por ano é desejável, ansim, que a gente apareça no próprio blog e escreva algo, né não? Pras irmãs ficarem felizes e o bichinho ter alguma visita de quando em vez? Bora lá?

Sorry pelo sumiço. Mas tá dose, hein. Pontifícia que o diga. Porém... digamos que eu não sumi.... eu estava apenas.... navegando.... navegando....

Na verrrrrrrrrrrrdade... bloguei pra fazer propaganda da minha Diva. A cantora mais talentosa do mundo. Não, não é a Joss Stone (ela é a segunda :p). A minha diva número 1 é minha Mamissssss querida!

Fiquem então com ela cantando "Sailing"... Navegando.... navegando... (ano que vem apareço de novo pra dar um alô!).

sexta-feira, 18 de março de 2011

O OFÍCIO DE PROFESSOR


… E eis que recebemos essa bucha, essa pergunta filha-de-uma-santa, que me fez viajar nas entranhas do meu mundinho afetado. Complexa, avassaladora, entaladora de gargantas. A Mestra da matéria “Desafios da Escola Brasileira” (sim, eu tenho essa matéria no curso de História da Pontifícia), lança assim, sem piedade, à queima-roupas: “O que é ser professor?”

Como responder a este milenar enigma antes que a Esfinge me devorasse?

Ser professor... é ter dentro de si um Universo que abriga muitos dos ofícios mais nobres do orbe. Sabe porque?

Ser professor é ser também um Arquiteto. Arquiteto do saber. Aquele que ergue as colunas do conhecimento e sabe onde exatamente colocar a argamassa correta, e o ponto que ela deve tomar... Para edificar dentro da gente um templo sólido e indissolúvel. Aquele inexorável ao tempo, que não se perde com o a força dos anos, não se deteriora, não se esvai.

Ser professor... é ser também um Mágico. Aquele que tira da cartola memórias inimagináveis e citações imprevisíveis. Por fazer desaparecer, com palavras mágicas, nossas inseguranças diante da vida. Ou simplesmente por ter o dom de adivinhar as cartas que seus discípulos pretendem ter nas mangas, na hora da cola...

Ser professor... é ser também um Botânico. Versado na arte de plantar, fecundar, cultivar, distribuir e multiplicar as ramas do conhecimento. Especialista em dissecar as folhas do passado, extrair o néctar do presente, e prever a colheita do futuro.

Ser professor... É ser também um Músico. Um maestro. Que, a frente de sua orquestra discente, dá o tom da pesquisa, não deixa o ritmo do estudo se perder, dá as notas corretas no pentagrama letivo. E aplaude de pé, junto com a plateia, quando a Orquestra Formanda alcança seu objetivo e consegue executar com maestria a canção graduada.

Ser professor... é ser também um Ator. E dos bons. Que prepara o corpo, a voz e coração, para recitar à plateia que o espera o texto que lhe compete explicar. Que cuidadosamente escolhe os melhores olhares e gestos para que o objetivo de seu personagem seja compreendido. Que dá autógrafos no final da apresentação seminária-teatral...

Ser professor... é ser também um Poeta. Um especialista da métrica da disciplina. Do Lirismo acadêmico. Da arte de conduzir, com genialidade e zelo, as rimas e versos do futuro de seus pupilos.

E, sendo poeta, o professor é também um Fingidor, como já desconfiava Fernando Pessoa. Sim, um fingidor. E finge tão completamente, que chega a fingir que é Labor, o Amor que deveras sente. Porque o professor ama o que faz, e o que faz, faz com amor. E então o trabalho, a obrigação do Lavoro por assim dizer, se esmorece e se desfaz, transformando-se num prazer diário e impagável.

E, sobretudo... Apesar de conter em si toda essa gama de mundos... O Professor é antes de tudo um grande ALUNO. Que sabe reconhecer, humilde e sabiamente sob a égide dos princípios socráticos, que quanto mais conhecimentos adquirimos... mais conhecimentos precisamos. E mais percebemos quão pouco sabemos...

O professor é o elemento-chave, o motor, o metal condutor que impulsiona, conduz, e dá as diretrizes do conhecimento a todos aqueles que se propõem a aceitá-lo. E sua importância é inegavelmente imensurável. É um sacerdócio. Um pastoreio. Ser professor... é cartesianamente....... SER!

…. E a professora, me olhando com aquela cara de “W.T.F. are you talking about, kid???”, colocou as mãos nos meus ombros e me disse pacientemente: “filha, num complica. Escreve aí em cinco linhas algo 'simplinho' e me entrega”.

(... MILHARES DE PONTINHOS DE RETICÊNCIA PRA TRADUZIR MEU SENTIMENTO...)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

... WHO AM I TO BE BLUE???

Tarde chuvosa, preguiça-sem-fim, obrigações acadêmicas... Acho que nunca vou alegrar a Lili e ter um tempo de verdade para blogar. Masssssssssssssssss.... Pra não dizer que não falei das flores neste final de semana, lá vai uma poesia antiguinha minha, um soneto... adoro sonetos. Adoro escrever, porque ler é um saco. Aliás, este soneto é um saco. A vida é um saco e não poder blogar de verdade é um saco.

Antes que vocês achem o bichinho mais chato ainda, uma dica pra entrar no meu astral: sabe quando você se sente mal, na rua, quando vê uma criança na mendicância, quando pensa no futuro que ela poderia ter, mas não tem (se é que você pensa nisso)? E daí, você chega em casa, toma seu banho gostoso, come sua comida, vê sua TV e dorme na sua cama quente.... E rapidamente esquece da cena de outrora. O conforto da nossa vida nos cega diante do desconforto do próximo. E, mais do que isso: a impotência ganha espaço, ainda que tenhamos um pouco (o mínimo que seja) de consciência social. São sentimentos mistos, e ambíguos.

E depois, pode ser que esse sentimento volte, renovado, quando brota a lembrança dos olhos famintos e minguados na nossa memória curta. Esse soneto fala deste sentimento. E de como o futuro do mundo morre tão facilmente dentro de nossas consciências. E de como pensar nisso e julgar a falta de consciência do próximo é muito fácil também. Na dinâmica da consciência social, nada é matemático... E qualquer julgamento, seja ele a respeito de quem olvida o próximo, ou diante de quem não olvida, mas pouco faz, é idiota. Porque a grande verdade é que lidar com tudo isso é muito complexo...


MISÉRIA EM SONETO 

A infância das ruas grita o meu nome
Depois de engolido o instinto de dor;
Dorme acordada tal qual o pastor,
Finge que é nula a presença da fome....

Invade meu rosto um pranto que some
Ante, do lar, o conforto e o calor;
Mas logo toca-me o mesmo langor
Da meninice que a morte consome....

Vejo a Esperança que jaz no chão duro
Tingir de negro o verde desta Terra;
Nasce nas faces o rubro-vergonha...

E então a infância que o meu nome berra
Perde seu sonho que não mais se sonha
– Jaz, para todos, do mundo, o Futuro!


 Agora, enquanto eu tomo um café quente no meu sofá confortável, e a chuva cai lá fora torrencialmente... deixo um vídeo pra vocês pensarem um pouquinho a respeito... (apesar de toda a ironia que ele carrega - "afinal, quem sou eu pra me sentir triste - se tenho mansão, carrão, sou artista...?"). Pano pra manga para outro post, mas muito válido para o momento. De qualquer forma, deixo ele aqui porque, assim como meu soneto, ele também traz esse sentimento misto e ambíguo de que falei...








quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ANÚNCIO


"... E é inútil procurar encurtar caminho e querer começar já sabendo que a voz diz pouco, já começando por ser despessoal. Pois existe a trajetória, e a trajetória não é apenas um modo de ir. A trajetória somos nós mesmos. Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes. A via-crucis não é um descaminho, é a passagem única, não se chega senão através dela e com ela. A insistência é o nosso esforço, a desistência é o prêmio. A este só se chega quando se experimentou o poder de construir, e, apesar do gosto de poder, prefere-se a desistência. A desistência tem que ser uma escolha. Desistir é a escolha mais sagrada de uma vida. Desistir é o verdadeiro instante humano. E só esta, é a glória própria de minha condição. 
A desistência é uma revelação". 
(A Paixão Segundo GH - CLARICE LISPECTOR)

* * * * * * *

Pois é, minhas colegas de auditório. A desistência é uma revelação. É o prêmio. Diante desta adorável constatação trazida à tona graças a nossa bonita e ucraniana amiguinha da foto acima, quero fazer um Anúncio-Manifesto: Eu desisto de desistir. Quero ganhar meu prêmio e obter minha revelação. Quero desistir de desistir. Chega. Quero desistir de desistir da faculdade, quero desistir de desistir do trabalho, das ideologias, dos amores, e de mim mesma. Desistir nunca me levou à nada (a não ser à frustração, prostração e depressão). Desistir é demodé. É cafona e ultrapassado; fede. Desistir sucks. Desistir nunca me levará a lugar algum (mas agora me levará ao prêmio). A desistência é o Diabo vestindo Pakalolo. A desistência é a falência múltipla da obstinação. E eu que não quero desligar os aparelhos do meu bom-senso, ainda que este esteja entre a via e a morte...

Portanto, meus caros, convoco a todos vocês a participarem comigo desse manifesto, ajudando a escrever de maneira mais honesta a minha história, a sua história, a história de todos. 
Porque "a trajetória somos nós mesmos. E em matéria de viver, nunca se pode chegar antes."
Vejo vocês no pódium. 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

POST INAUGURAL


... CENTENAS DE MILHÕES DE ANOS DEPOIS...


... Eis que a dona do presente Memorial, desleixada e DDAzenta, acessa o Blog que ganhou de aniversário da irmã do meio pela primeira vez na vida. Meses depois. E depois de inúmeras promessas... Feio, muito feio, tsc, tsc.


E eu estava tãããããããããããão quietinha na Pontifícia naquela noite quente de Novembro achando que eu ia sair da aula e ir direto pra comemoração do níver da Gorda, que faz no mesmo mês que eu, num Karaokê lá da São João. Nada! Pilantrinhas! Era a minha festa de aniversário surpresa! Carinhas queridas-muito-queridas e família me esperando. O coração esquentou! Daí eu subo no palco pra fingir que vou cantar e.... TCHARAM! No telão do bar (onde deveria aparecer a letra da música que eu ia cantar) surge nada mais, nada menos que esta página inicial do Blog, com o post de aniversário que a Aline escreveu, e os comentários de vocês! Pow, foi a coisa mais criativa que vi na vida! Sério, ou é coisa de quem realmente não tem o que fazer... ou é coisa de gênio! Como foi obra da Ririsca... Acho que posso dizer que foi os dois, hehe.


Gorda, Mariana, Camila, Marisa, Pai... vocês participaram também desta saborosa e agradável surpresa, comentando o post de aniversário. E eu só tenho a agradecer pelo carinho de vocês. Pra quem só entrou, clicou e seguiu, silente mesmo, meu "obrigado" tem igual peso! E me desculpem por tamanha demora para acessar, mexer, fuçar, responder, agradecer... Eu não sou nem um pouco geek, não tenho muita paciência pra computador, configuração, formatação, e talecoisa. 


Depois das escusas iniciais... gostaria de dizer que... EU REALMENTE ADOREI O PRESENTE, CARAMBOLAS! Tinha que ter saído da cabecinha (im)produtiva da Lilica Pororoca... né? Há tempos ela insistia para que eu criasse um blog e blá blá blá. E eu sempre dizia que eu não era uma sem-nada-pra-fazer-da-vida como ela, que escrevia todos os dias (ou quase) e talz. Mordi a linguona e tive que me render... né?


Bão... eu queria te dizer, Gorda, que eu realmente não vou postar desenfreada, desembestada e verborragicamente feito você. Em primeiro lugar, porque eu não tenho o seu talento. Em segundo lugar, porque... bom, não tem segundo lugar, rs. Aliás... não sei se disse, mas.... a festa surpresa, levar a mãe, o Walter, conseguir a presença do Márcio, Thiego... foi algo realmente muito tocante pra mim. Sem você e sem a Marisa, eu jamais teria essa lembrança linda pra registrar aqui no Memorial... Obrigada. Amo. Aliás, a Marisa teve uma bouuuuaa parcela de culpa nisso tudo.  :-)


Droga. Falei que não queria verborragia, e olha o tamanho que tá isso aqui, damn...


Pra fechar o post inaugural oficialmente estreado pela "Pedra" em pessoa, lanço a pergunta: PORQUE PEDRA CRISTALINA - UM MEMORIAL????


Hááááá, eu seiiii-êêêê!!!! Vocês não saaaaaaaaaaaaaa-beeeeeemmmm!!!! Hehehe. Assim eu tenho a deixa para um próximo post. Post-revelação.


E a todos que estão alegrezinhos com essa época do ano fantástica-e-querida-salve-salve (lê-se volta às aulas), deixo uma singela homenagem . Com Gabriel, o Pensador. ESTUDO ERRADO.



Eu tô aqui pra quê? 
Será que é pra aprender? 
Ou será que é pra aceitar, me acomodar e obedecer? 
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater 
Sem recreio, de saco cheio porque eu não fiz o dever 
A professora já tá de marcação porque sempre me pega 
Disfarçando, espiando colando toda prova dos colegas 
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo 
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo 
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude 
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!" 
Então dessa vez eu vou estudar até decorar, cumpádi 
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada 
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada 
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada 
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão) 
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação 
- Ué, não te ensinaram? 
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil 
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu.... 
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio 
(Vai pro colégio!!) 
Então eu fui relendo tudo até a prova começar 
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova 
Me dei bem, tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição 
Não errei nenhuma questão 
Não aprendi nada de bom 
Mas tirei dez (boa, filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci 
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi 
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci 
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi 
Decoreba: esse é o método de ensino 
Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino 
Não aprendo as causas e conseqüências, só decoro os fatos 
Desse jeito até História fica chato 
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo 
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo 
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente 
Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente 
E sei que o estudo é uma coisa boa 
O problema é que sem motivação a gente enjoa 
O sistema bota um monte de abobrinha no programa 
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...) 
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama 

(Ah, deixa eu dormir) 
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre 
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste 
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado? 
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso! 
Ou que a minhoca é hermafrodita 
Ou sobre a tênia solitária. 
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...) 
Vamos fugir dessa jaula! 
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?) 
Não. A aula 
Matei a aula porque num dava 
Eu não agüentava mais 
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais 
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam 
(Esse num é o valor que um aluno merecia!) 
Íííh... Sujô (Hein?) 
O inspetor! 
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!) 
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar 
E me disseram que a escola era meu segundo lar 
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente 
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre! 
Então eu vou passar de ano 
Não tenho outra saída 
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida 
Discutindo e ensinando os problemas atuais 
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais 
Com matérias das quais eles não lembram mais nada 
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada...

Encarem as crianças com mais seriedade 
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade 
Vocês tratam a educação como um negócio 

Onde a ganância, a exploração e a indiferença são sócios 
Quem devia lucrar só é prejudicado 
Assim cês vão criar uma geração de revoltados 
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio 
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...  

... E É POR ESSAS E OUTRAS QUE NUNCA DESISTI DA MINHA LICENCIATURA. 


Agora dá licença que tou indo pro meu recreio.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO, NATALY!!!

SURPRESAAAA!!!!

Agora você vai poder mostrar ao mundo suas escrivinhações!!! Estamos ansiosos para seguir seu blog!

E você começou com pé direito, hein... os seguidores mais supimpas do mundo, porque nós te amamos muito!

O primeiro post não é seu... mas é para você, Ná!!!

PARABÉÉÉÉÉÉNS!!!!